Programa de Residência em Bovinos de Leite - Família do Leite

Programa de Residência em Bovinos de Leite

A bovinocultura de leite é uma atividade presente em todos os munícipios brasileiros e responsável pela permanência de boa parte dos produtores no meio rural. No entanto, a tecnificação da atividade nos últimos anos elevou o grau de exigência em eficiência produtiva e colocou muitos produtores em condições de risco de permanência na atividade. Dessa forma, técnicos especialistas em produção de leite são cada vez mais necessários e procurados, pois os produtores têm apresentado grande necessidade por zootecnistas, médicos veterinários e agrônomos para melhorar as técnicas produtivas.

Com isso, a formação desses profissionais para atuação na área de bovinocultura de leite é de extrema importância para o Brasil, visto que já somos o 4º maior produtor de leite do Mundo, com potencial de crescimento e exportação do produto. Dessa forma, a qualificação de estudantes em fase final de conclusão de curso ou recém formado em áreas correlacionadas a produção de leite se faz necessária e essencial para acompanhar a atual necessidade do mercado. Assim, a formação de recursos humanos é peça fundamental para que os residentes estejam mais preparados para o mercado de trabalho e para os seus futuros empregadores tenham profissionais mais preparados para as atividades que devem ser realizadas. O estudante quando se forma nem sempre tem a maturidade necessária para encarar um mercado de trabalho competitivo e com muitas cobranças, por isso, oportunidades como a residência agrícola são muito importantes para ajudar na formação desses jovens.

Os municípios atendidos pelo Projeto estão localizados na região da Zona da Mata de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e Sul de Minas. Essas são regiões em desenvolvimento e/ou bem desenvolvidas quanto a atividade leiteira. Dessa forma, os residentes terão a possibilidade de acompanhar diferentes realidades produtivas, e poderão usufruir dessa experiência para se qualificar e facilitar a entrada deles no mercado de trabalho.

 

Objetivos

Objetivo Geral

Proporcionar uma especialização de qualidade com empresas e fazendas a residentes para contribuir a sua formação profissional e facilitar a entrada desses profissionais no mercado de trabalho.

 

Objetivos Específicos

1) Promover a interação do setor público com o setor privado do agronegócio nacional, por meio da participação de residentes recém-formados ou próximo da formatura

2) Capacitar jovens para atuarem no setor agropecuário brasileiro

3) Possibilitar que o jovem tenha maior facilidade de entrar no mercado de trabalho

4) Oferecer às Unidades Residentes de alta capacidade técnica para melhorar os processos da empresa/fazenda

5) Oferecer ao residente experiência profissional para que isso agregue em sua formação ou currículo

 

Metas

Etapa 1 – Processo seletivo dos residentes (2020)

Resultado: Escolha dos 5 residentes mais preparados para participar da residência agrícola utilizando o meio de processo seletivo.

Etapa 2 – Nivelamento técnico dos residentes na UEPE-GL (Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite da UFV)

Resultado: Residentes treinados com 11 capacitações teóricas e práticas (nutrição, manejo de vacas em confinamento, manejo de vacas a pasto, manejo da cria, manejo da recria, ordenha, manejo sanitário, protocolos reprodutivos, produção de milho para silagem, ferramentas de gestão, análise de custos) antes de ir a campo para desempenhar um bom trabalho e melhorar sua capacidade técnica.

Etapa 3 – Reunião Inicial on-line com Residentes e equipe das fazendas e empresas

Resultado: alinhamento inicial com a equipe para explicar os processos avaliativos e os trabalhos a serem desenvolvidos com a realização de 5 reuniões, uma com cada equipe de Unidade Residente.

Etapa 4 – Ida e acomodação dos residentes às Unidades Residentes

Resultado: 5 residentes bem alojados e acomodados para iniciar o processo de capacitação e treinamento.

Etapa 5 – Residência Agrícola das Unidades Residentes

Resultado: capacitação dos residentes para prepará-los ao mercado de trabalho e assim, termos jovens inseridos em suas áreas de formação atuando para a melhoria do agronegócio brasileiro.

Etapa 6 – Entrega de relatórios mensais e reuniões periódicas com o professor orientador

Resultado: Acompanhamento e avaliação do aprendizado dos residentes e evolução das atividades propostas por cada Unidade Residente por meio de 1 relatório para cada residente.

Etapa 7 – Entrega de relatórios parciais

Resultado: atividades realizadas a cada 6 meses monitoradas e avaliadas.

Etapa 8 – Entrega de relatório final

Resultado: Avaliação dos residentes e ajustes para ida de novos residentes para a Unidade Residente em questão.

Etapa 9 - Apresentação da evolução da residência para os colaboradores da fazenda/empresa e demais colegas residentes

Resultado: Atividades apresentadas para os demais residentes e equipe das unidades residentes.

Etapa 10 – Reuniões Bilaterais

Resultado: alinhamento e esclarecimento de dúvidas entre os residentes e a equipe do projeto.

Etapa 11 – Elaboração de relatório técnico parcial do projeto

Resultado: relatório técnico parcial do projeto entregue pela professora orientadora

Etapa 12 – Processo seletivo dos residentes (2021)

Resultado: Escolha dos 5 residentes mais preparados para participar da residência agrícola utilizando o meio de processo seletivo transparente e justo.

Etapa 13 – Nivelamento técnico dos residentes na UEPE-GL (Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite da UFV)

Resultado: Residentes treinados com 11 capacitações teóricas e práticas (nutrição, manejo de vacas em confinamento, manejo de vacas a pasto, manejo da cria, manejo da recria, ordenha, manejo sanitário, protocolos reprodutivos, produção de milho para silagem, ferramentas de gestão, análise de custos) antes de ir a campo para desempenhar um bom trabalho e melhorar sua capacidade técnica.

Etapa 14 – Reunião Inicial on-line com Residentes e equipe das fazendas e empresas

Resultado: alinhamento inicial com a equipe para explicar os processos avaliativos e os trabalhos a serem desenvolvidos com a realização de 5 reuniões, uma com cada equipe de Unidade Residente.

Etapa 15 – Ida e acomodação dos residentes às Unidades Residentes

Resultado: 5 residentes bem alojados e acomodados para iniciar o processo de capacitação e treinamento.

Etapa 16 – Residência Agrícola das Unidades Residentes

Resultado: capacitação dos residentes para prepará-los ao mercado de trabalho e assim, termos jovens inseridos em suas áreas de formação atuando para a melhoria do agronegócio brasileiro.

Etapa 17 – Entrega de relatórios mensais e reuniões periódicas com o professor orientador

Resultado: Acompanhamento e avaliação do aprendizado dos residentes e evolução das atividades propostas por cada Unidade Residente por meio de 1 relatório para cada residente.

Etapa 18 – Entrega de relatórios parciais

Resultado: atividades realizadas a cada 6 meses monitoradas e avaliadas.

Etapa 19 – Entrega de relatório final

Resultado: Avaliação dos residentes e ajustes para ida de novos residentes para a Unidade Residente em questão.

Etapa 20 - Apresentação da evolução da residência para os colaboradores da fazenda/empresa e demais colegas residentes

Resultado: Atividades apresentadas para os demais residentes e equipe das unidades residentes.

Etapa 21 – Reuniões Bilaterais

Resultado: alinhamento e esclarecimento de dúvidas entre os residentes e a equipe do projeto.

Etapa 22 – Elaboração de relatório técnico final do projeto

Resultado: relatório técnico final do projeto entregue pela professora orientadora.

 

Metodologia de execução

O presente projeto de residência agrícola será coordenado pela Professora Polyana Pizzi Rotta do Departamento de Zootecnia da UFV e responsável pela área de Bovinos de Leite na universidade. Ainda, o projeto contará com apoio de mais três professores: Marcos Inácio Marcondes (Animal Science-WSU), Marcel Ferreira Bastos Avanza e Artur Kanadani Campos (Departamento de Veterinária-UFV). Também farão parte da equipe técnica os zootecnistas Bernardo Magalhães Martins e Nelson Clemente Machado, servidores técnicos da UFV. Serão 5 RESIDENTES SELECIONADOS (EX ALUNOS UFV - ATÉ 1 ANO DE FORMADO OU ALUNOS NO ÚLTIMO ANO DO CURSO). CADA RESIDENTE PODERÁ FICAR ATÉ 12 MESES COM A BOLSA.

Os residentes enviarão um relatório mensal com a descrição das atividades realizadas e uma análise FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças). A professora orientadora fará a correção do relatório e enviará aos residentes, em seguida haverá uma reunião para a discussão do relatório. Além disso, será criado um grupo de WhatsApp com todos os residentes e a equipe do projeto para a troca de informações e ajuda, uma forma de aproximar as pessoas e agilizar o processo de informação.

A cada 6 meses os residentes deverão elaborar um relatório parcial de atividades e ao final dos 12 meses um relatório final deve ser apresentado e os resultados apresentados em um evento final com todos os residentes e unidades residentes de forma on-line.

Um novo processo seletivo será realizado, obedecendo aos mesmos critérios descritos anteriormente e uma nova turma de residentes será selecionada. Os mesmos procedimentos serão realizados com a Turma 2 de residentes.

 

Unidades Residentes

As Unidades Residentes serão:

1) ALTA GENETICS: empresa multinacional com sede no Brasil em Uberaba-MG que atua na área de criação de bezerras leiteiras, reprodução, plano genético e gestão financeira de fazendas de leite. A empresa pode receber 2 residentes e possui alojamento próprio com fornecimento de alimentação na própria empresa.

2) AGROCERES MULTIMIX: empresa nacional de grande porte que atua com nutrição animal. A empresa pode receber 2 residentes e arcará com os custos de moradia, alimentação e deslocamento dos residentes.

3) SOMA Nutrição Animal: empresa regional de médio porte em nutrição animal. A empresa pode receber 2 residentes e arcará com os custos de moradia, alimentação e deslocamento dos residentes.

4) Fazenda Sertãozinho: fazenda de produção de bovinos de leite localizada na cidade de Virgínia, sul de Minas Gerais. A produção diária da fazenda é de 6 mil litros em sistema freestall. A fazenda oferece alojamento, alimentação e recursos para o deslocamento dos residentes.

5) Fazenda Lageado: localizada em Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba em Minas Gerais, a fazenda produz 12 mil litros de leite em sistema de compost barn. Possui uma das maiores médias de produção do Brasil e fornecerá aos residentes alojamento, alimentação e recurso para deslocamento.

 

Resultados esperados

Espera-se com esse projeto capacitar e preparar os residentes a realizar atividades práticas e técnicas em empresas multinacionais, nacionais e regionais, além de fazendas de leite com grande destaque no cenário nacional. Ainda, acreditamos que a troca de experiências entre o residente e a unidade residente seja muito favorável a ambas as partes, pois o residente selecionado será tecnicamente de alto nível e poderá colaborar com a unidade, melhorando os indicadores técnicos das mesmas. Por fim, espera-se também uma alta empregabilidade dos residentes após o período de 12 meses em treinamento.

Monitoramento e Avaliação

- Elaboração de um plano de trabalho envolvendo a unidade residente, o residente e a coordenação técnica do projeto.

- Entrega de relatórios mensais das atividades desenvolvidas, com a apresentação da análise FOFA.

- Correção dos relatórios pela professora orientadora.

- Reunião mensal com a professora orientadora e o residente para discussão do relatório.

- Entrega dos relatórios mensais corrigidos para a unidade residente.

- Entrega de relatórios semestrais e final.

- Apresentação das atividades da residência ao final da mesma para todos os envolvidos no projeto.

 

Impactos esperados

O principal objetivo do projeto é capacitar os residentes e prepará-los para o mercado de trabalho. Dessa forma, espera-se que após o período de residência todos consigam uma posição no mercado. Assim, a forma de avaliar o impacto do projeto será a empregabilidade dos residentes, se conseguem ou não em emprego após os 12 meses de residência. Ainda, espera-se que o projeto idealizado pelo MAPA continue criando mais oportunidades para outros estudantes e uma maior proximidade com as empresas, e que essa ação sirva como um início de parceria para que as empresas possam investir cada vez mais nas universidades.

 

residencia

Autor: Polyana PIzzi Rotta

Veja mais